22 de janeiro de 2012

Haja CORAção. O nascimento de uma estrela, ou melhor do Céu inteiro. Apresentando Celeste e irmã da Cora.

Era 19 e tudo corria bem, uma ansiedade para a chegada de Celeste que passara da data prevista, porém ainda dentro do limite. Foi aí que ás 13 horas as contrações (braxton-hicks ou falsas), que já vinham dias a fio, começaram a ficar ritmadas e doloridas, desencadeando o trabalho de parto, como deveria ser.
Devido a esse quadro, no meio da tarde ligamos para o hospital Brasília, para reservar o quarto, pois queríamos um que a varanda fosse virado para o jardim, caso não fosse possível, procuraríamos o hospital Santa Lúcia, que é munido de uma boa ala de pediatria.
Seguramente nunca sentiremos, digo pelos homens ou as que infelizmente tem medo e ou são impossibilitadas de passar por um parto natural, as famosas dores do parto, ditas as mais fortes entre as dores. Continuando, por volta das 11 horas da noite as contrações ritmaram a cada 5 minutos o que indica trabalho de parto efetivo e ao nosso ver a melhor hora de avisar o médico e se dirigir ao pronto socorro do hospital escolhido.
Malas no carro, médico avisado e contrações a cada 5 minutos por mais de uma hora, seguimos para mais um parto no Hospital Brasília.
O doutor Petrus Sanches como sempre muito atencioso nos encontrou no pronto socorro, onde já havíamos recebido os atendimentos do plantonista, doutor Mauro. Lá ele organizou a papelada da internação e nos enviou para o nosso quarto.
O trabalho de parto seguia muito bem e dolorido como esperado até as 4 e 20 da manhã, sempre com o acompanhamento do doutor Petrus, que fazia acompanhamento da evolução a cada 25 minutos.
Oba, enfim chegamos nos esperados 9 centímetros de dilatação do colo do útero, a Carol nesse momento já estenuada das contrações resolveu por acatar o rompimento artificial da bolsa, que aceleraria o nascimento da Celeste. Então o doutor apenas com o toque do dedo perfurou a túrgida bolsa, que continha uma grande quantidade de líquido aminiótico.
Pelo fato da quantidade de líquido estar no limite máximo aceitável como normal, no rompimento da bolsa ocorreu um fluxo muito grande de líquido, como o estouro de um balão com água. Devido a esse grande fluxo, o cordão umbilical saiu para o canal vaginal antes da cabeça da Celeste, um quadro extremamente desfavorável, já que se a cabeça se encaixasse no canal estrangulariria o cordão, cortando assim o fluxo sanguíneo para o bebê.
Quando o doutor Petrus constatou esse quadro através de um “toque”, iniciou ali uma grande mobilização para realização de uma cesária de emergêngia, para evitar o tal prolapso, que é exatamente o estrangulamento do cordão.
Cirurgia realizada com grande sucesso, veio então ao mundo nossa linda e terceira filha, a Celeste. Abrindo uma pausa, como ouvi dias desses, isso se assucedeu por eu ser um cara que só faço o que gosto, por isso só fiz mulher.
Como não podia mais permanecer ali, deixei Carol e Celeste no centro cirúrgico e volte para o quarto para descansar um pouco. Acordei após umas 2 horas de sono e fiquei aguardando o retorno das minhas mulheres. Passou 1, 2, 3 horas e nenhuma notícia. Quando resolvi que passava de hora de buscar a tal notícia, que meu mundo quase veio a baixo.
Fui recebido na porta do centro cirúrgico pelo médico de plantão que me passou, não sei por que gostam de omitir fatos, a notícia que ela tinha tido uma intercorrência, mas em breve iria para o quarto.
Passada uma hora recebi de uma enfermeira a notícia que a Carol tinha tido um sangramento excessivo e estava recebendo transfusão. Imediatamente liguei para o doutor Petrus que disse já estar ciente e a caminho do hospital.
Daí para frente um grande pavor toma conta de mim, porém mesmo assim consegui manter a calma, uma vez que a Celeste saiu do centro cirúrgico e foi internada no quarto comigo.
O doutor Petrus quando chegou foi ver o quadro da Carol e logo veio trazer as notícias. O quadro dela era preocupante, pois o sangramento era importante e o útero estava “mole” e havia a possibilidade de sua retirada, caso não contraísse com o medicamento e parasse o sangramento.
Pedi então ao doutor Petrus que me levasse ao centro cirúrgico para ver a Carol e ele assim o fez. Naquele momento o sangramento havia diminuído, porém a urina estava saindo pela sonda com bastante sangue. Por isso a Carol foi levada para fazer uma tomografia para ver se havia ferimento na bexiga ou em algum outro órgão.
Uma surpresa durante o exame, sangue nos rins, fato até agora não explicado, mesmo após ouvir a opinião de alguns outros médicos de diferentes especialidades.
As 18 horas a Carol foi levada do centro cirúrgico direto para UTI, mesmo com um quadro mais estável, foi levada por precaução, já que ali há um monitoramento constante.
Imagino que noite a dela, passar lone da Celeste, já que esta não podia entrar na UTI. No entanto tivemos uma noite super tranqüila a vovó Tê passou a noite conosco. O papai teve um merecido apagão, após horas de tensão de um trabalho de parto mais uma cesária e ainda uma aflição com a situação da querida (e linda, diga-se de passagem) companheira.
Após 21 horas na UTI a Carol foi recebi com muitos sorrisos no quarto, éramos só eu e Celeste, mas os sorrisos eram tão grandes que valiam por centenas. Fizemos um cartaz de boas vindas na tela do computador e tocamos Robertão (eu te darei o céu meu bem) música bem apropriada para a ocasião.
Após a saída uma visita maravilhosa, a Corinha (auto intitulação), veio ver a “telete”, foi um amorzinho, pedindo para a maninha não chorar, dando beijos e carinhos, tudo filmado.
Hoje somos uma família “mais” completa.










Após a tempestade vem sempre a bonança.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que princesa! Parabéns. Apesar do susto, graças a Deus tudo ocorreu bem.

Ricota