31 de janeiro de 2012

Recuperação 10!

Hoje fui no Dr. Petrus tirar os pontos. Celeste foi conosco e se comportou anjinha! Benção de menininha... só alegria!

Dr. Petrus solicitou um hemograma completo, o qual já temos resultado: aquela anemia braba praticamente já era! IUPI!

Muito rápida essa minha recuperação. De certo muitos cuidados foram fundamentais para a mudança do quadro: superdose de combiron, transfusão de sangue, ferro na veia, açaí, suco de clorofila, lentilha, feijão, rapadura, melado, beterraba, couve, espinafre, fígado... mas, sobretudo... a atenção e carinho que recebi aqui em casa. Isso sim foi o determinante para minha surpreende rápida recuperação! Obrigada pelos cuidados, família!
 

Algumas fotinhas da família pra comemorar a recuperação:

Amores da vida!

Pequena Celeste, Imenso Amor!

Viva a vida!

De mãos dadas... sempre!





30 de janeiro de 2012

Casadelas

Como antecipado pela Carol, no que seria minha próxima postagem, estou iniciando a vida literária da Corinha. Claro que já tínhamos lido para ela, porém agora ela que anseia pela literatura, o que nos tem deixado com muito orgulho.

Reafirmado minha alegria literária, passo para a Casadelas.

Lá em casa, como sempre foi em minha vida, estou cercado de mulheres. Na casa dos meus pais chegaram a ser 8, as mulheres em minha vida. Na escola por ser ruim com as bolas, estava sempre na arquibancada, junto das tietes. No segundo grau, tinha um grupo onde éramos eu o Hellen e mais umas 10 mulheres (que costumo chamar 5 per capta). Na universidade encontrei "A Mulher", a mãe dos meus anjinhos, com quem tive 3 filhas, por isso arrumo a frase, mãe das minhas anjinhas.

Com as mulheres então sigo meus dias, achando bom ter esse grande privilégio de acompanhar de perto a infância das minhas preciosas. Como já disse a Carol me desdobrando para dar atenção a todas, porém me canso com muita alegria

29 de janeiro de 2012

Celeste - 10 dias de vida

Hoje Celeste completa 10 dias de nascida.

Dez dias de casa e coração mais cheios e iluminados. Uma benção de menina. Tranquilíssima, que nem a Cora quando bebe: mama bem, dorme 3-4 horas seguidas, acorda só 2 vezes na madrugada - é uma princesinha. Chora pra trocar fraldas, às vezes. Ou quando quer arrotar. E também na hora do banho.

Falando em banho, hoje pela primeira vez dei banho na Celeste. Como eu gosto dessa parte dos cuidados com o bebe. (Não sei qual parte não gosto na verdade...) Correu tudo bem, muito mais fácil que o primeiro banho na Cora!


Fico impressionada com a esperteza da Celeste. Presta atenção em tudo e desde que nasceu mexe e segura o pescoçinho. Muito observadora e curiosa.

Sobre Corinha, nasceu a presa direita inferior par de dias antes do nascimento da Celeste e as outras estão a caminho, mas com menos "barulho" dessa vez.
Cora agora está explorando o universo literário. Antes de dormir, papai lhe conta histórias de livros que mamãe lia quando era criança. "Qué tólinha, qué tólinha, papai". Papai, claro, fica todo prosa e satisfeito de introduzir literatura na vida da menina.


Cabe ainda no post de hoje um especial obrigada à Vovó Linda, que tem nos mimado bastante, fazendo da nossa estadia em Brasília um verdadeiro momento de prazer e bem-estar em família. Ela cuida da Cora, da Mamãe, da Celeste e de toda a família. Cora está apaixonadíssima por ela e adora rabiscar junto. Já a Celeste, se derrete toda no seu colinho. Obrigada por você existir, Vovó!


27 de janeiro de 2012

Renascendo


Sobre o parto, preciso repetir o relato do meu Bem, pois foram momentos muitíssimos tensos, marcantes e milagrosos que merecem ser relatados com o olhar da “vítima”...

Mês antes de parir, eu sonhei que precisava de transfusão de sangue e que, para isso, injetavam uma agulha de sangue no meu pescoço. Meu pai também teve sonho, ou melhor, pesadelo com meu parto.

Não sei o porquê, mas estava sentindo alguma coisa sobre esse parto. Eu estava com medo de morrer de parto. Na família por parte de mãe, tem algumas histórias de morte de parto.

Como o Louva disse, foram cerca de quinze horas de trabalho de parto. Extremamente exaustivo. Eu estava muito exaurida às vésperas do parto, cheguei a pensar se teria a força final suficiente para expulsar, pois estava cansadíssima, além de ter vomitado bastante. Louva sempre ao meu lado, oferecendo-me as forças que eu parecia não ter mais.

Quando atingimos os nove centímetros de dilatação, o Dr. Petrus Sanches falou que estava na hora, dali a menos de uma hora, teríamos Celeste nos braços. Foi quando a bolsa foi rompida, a meu pedido, na intenção de acelerar em alguns minutos o nascimento, já que me encontrava quase sem forças.

Muita, mas muita água correu de mim. Pelos exames ecográficos da véspera, a quantidade de líquido amniótico em mim tinha o limite máximo considerado normal. Seguido o rompimento da bolsa, o Dr. Petrus fez um toque, no qual constatou que o cordão umbilical se encontrava no canal vaginal, ao invés da cabeçinha do bebe. Ele disse que o rompimento da bolsa foi como tirar um ralo de uma banheira. A pressão da água descendo puxou primeiro o cordão umbilical ao invés da cabeça. Ele olhou pra mim e falou “infelizmente, estamos com um quadro de cesárea, a cabeça do bebe vai pinçar o cordão”, o tal prolapso.

Vindo do Dr. Petrus, não questionei a necessidade da cesárea. Ele disse que seria um procedimento de emergência e que, para evitar o prolapso, eu deveria me manter imediatamente em posição de reza maometana.

Não tínhamos tempo para os procedimentos padrões de preparação para a cirurgia, por isso a anestesia foi dada sem anestésico, o que fez com que tivessem que me furar algums vezes na coluna, já que, pra mim, era inevitável me mexer ao sentir a agulha penetrando meu nervo.

Anestesiada, em poucos minutos fui cortada e a Celeste irradiada. Fez-se silêncio na sala e eu tive medo de perguntar qualquer coisa. Passado alguns minutos, eu tinha a certeza do nascimento, mas ninguém me falou nada. Eu perguntei pro Louva: cadê a Celeste¿ Ele disse que ela já tinha nascido. Daí o Dr. Petrus emendou: você ouviu ela chorando¿ O Louva disse que sim. É que ela chorou fora da sala de cirurgia. Foi levada rapidamente pela pediatra sem que me a apresentassem.

Fiquei tranqüila quando o Louva disse que a escutou chorar. Então pedi que ele fosse aonde ela acompanhar os procedimentos.

Louva foi e eu lá deitada, sendo costurada e pensando mil coisas, ansiosa por notícias. Ele voltou com os olhos sorridentes! A transparente alegria do seu olhar confortou-me imediatamente; não tinha como não estar tudo bem com Celeste. “Uma gatinha, Carol! A cara da Cora! Igualzinha! Linda, linda”; “Nasceu roxinha mas tomou um fôlego e já está toda animada, se mexendo bastante!”; “Assim que terminarem os procedimentos, eles vão trazê-la aqui pra você ver”.

Nunca vou esquecer a minha primeira vista dela. Realmente linda, e toda esperta! Inevitáveis lágrimas rolaram pelo meu rosto, pura felicidade. Minha vida mais iluminada naquele instante.

Passados os longos minutos de costura, fomos pra sala de recuperação, onde começaria novo drama. Assim que chegamos, Celeste foi posta em meus braços, dei-lhe o peito. Que emoção: estávamos roçando nossas peles pela primeira vez.

Nessa sala, o Louva não pôde ficar junto por muito tempo. Eu devia ficar ali até passar o efeito da anestesia, em observação. 

Passada uma hora e meia, eu já podia sentir meus membros inferiores e a técnica de enfermagem disse que, por isso, eu estava de alta. Começaram então os procedimentos para eu ser encaminhada para o quarto: retiraram os equipamentos de monitoração dos sinais vitais e deu-se início à minha higienização. Retiraram de mim o cobertor quando, para espanto de todos, foi constatado que tinha sangue na cama da altura da minha cintura aos meus pés.

Um mínimo esforço que fiz, senti-me mal. “Eu tô tonta, não to bem, eu não to bem...” puft, senti o corpo frio, suei gelado, apaguei. Nessa hora, vi a tal luz no fim do túnel. Vi Jesus Cristo me recebendo de braços abertos, crucificado.

(Ainda estou refletindo muito sobre esse episódio, pois minha religiosidade é turbulenta. Ainda não sei bem no que acredito ou creio. Mas o fato é que eu vi Jesus. Pode ter sido a semente plantada no subconsciente, pode ser que não. O certo é que não pestanejei em prestar sinceros agradecimentos aos Céus. Rezei Ave-Maria, Pai-Nosso, Credo... agradeci profundamente a oportunidade de continuar ao lado da minha família em formação).

De repente, estou de volta ao meu corpo e um monte de médicos ao redor. Trouxeram-me de volta os sentidos, colocaram oxigênio e escutei a solicitação imediata de bolsas de sangue. “Você ta bem¿ Você ta bem¿”, fiz que sim com a cabeça desorientada. Pensei: “putz, não vão mais me dar alta daqui, não vou mais pro quarto agora”. Óbvio que estava louca para compartilhar a emoção de estar com Celeste com o Papai e família... era no que me concentrava.

Demoraram, mas chegaram as bolsas de sangue. Nesse intervalo, tive outras duas crises. Somente com o sangue alheio adentrando minhas veias é que a sensação de morrência acabou. (Doem sangue! Salvem vidas!). Escutei a médica dizendo que minha pressão chegou a 5x2, apesar de eu não saber bem o que isso quer dizer.

Durante a transfusão, retornou o Dr. Petrus. Preocupadíssimo, veio me dizer a importância e conseqüências do sangramento: corria sério risco de terem que retirar meu útero. “Carol, o que você pensa sobre ter mais filhos¿ Já conversaram sobre isso¿ É que se esse sangramento não parar, vamos voltar pra sala de cirurgia e retirar seu útero”. Mais lágrimas rolaram sobre meu rosto, só que desta vez, eram lágrimas de profunda tristeza. “Vocês querem mais filhos¿” “quero mais...” chorando. “Não fica assim. Vou fazer de tudo pra evitar isso”. Logo ordenou aos assistentes: “três ampolas de ocitocina no soro, bolsa de gelo sobre o ventre e sonda”. “Vamos ver se conseguimos contrair esse útero e parar o sangramento, tá. Fica tranqüila. Vou lá fora conversar com seu marido e família agora”.

Instalada a sonda, nova surpresa: parecia que a bolsa estava recolhendo sangue ao invés de urina. Dr. Petrus assustou e foi conferir se a sonda estava no lugar certo. Estava. “Carol, está saindo sangue da sua bexiga. Pode ser que ela tenha sido lacerada durante a cirurgia. Se isso tiver acontecido, vamos ter que voltar pra sala de cirurgia e dar uns pontos. Vamos fazer alguns exames agora: tomografia e ecografia para investigarmos esse outro sangramento”.

Feitos os exames, constatou-se que o sangramento não era da bexiga, mas direto dos rins, que estavam dilatados e sangrando, sabe-se lá o porquê. Nenhum médico conseguiu explicar isso ainda.

O fato é que o esforço do Dr. Petrus para evitar a retirada do meu útero funcionou. O sangramento diminuiu e o útero estava respondendo aos estímulos para contração.

O problema agora era o sangramento dos rins. “Carol, vamos te encaminhar pra UTI, onde você vai passar a noite, para que o monitoramento desse sangramento seja mais rigoroso. É possível que você esteja com algum problema de coagulação. O plantonista de hoje é meu amigo e é hematologista. É o Dr. Rodolfo, ele vai saber proceder melhor que eu no controle dessa situação”.

Lá fui eu pra gelada UTI, longe da minha recém-nascida, do calor da família. Mãe, pai e marido foram lá me visitar, sendo que o Louva burlou as regras e foi várias vezes me ver, iluminando e aquecendo meu quarto com seu tenro e induvidável amor.

Noite estranha, sem conseguir dormir bem, apesar do cansaço. Não parava de pensar na família, na Celeste, como estariam¿ Amanhece logo, vai...

Só dava pra saber do amanhecer por causa do relógio da parede. A luz da UTI é a mesma nas 24h do dia. Muita luz, muito bi-bi-bi-bi. Estava ansiosa por sair dali, o que se deu somente depois do almoço.

Fui recebida pelo meu maravilhoso marido carregando Celeste, ao som de Roberto Carlos “eu te darei o céu meu bem, e o meu amor também... eu te darei o céu meu bem e o meu amor também”... e uma mensagem escrita: BEM-VINDA MAMÃE! SENTIMOS MUITO SUA FALTA

(Querido, você não existe... quer dizer existe sim! E é perfeito pra mim. Obrigada por você existir, meu amor!)

Tomei Celeste em meus braços, dei-lhe mama. Amei estar ali.

Logo chegou o Dr. Petrus, falando da possibilidade de alta, a depender do resultado do exame de sangue. O resultado foi desfavorável então eu tive que ficar mais um dia no hospital tomando ferro na veia, mas agora, menos mal, pois ficaria no quarto com meus amores, não na UTI.

Dia seguinte mais um exame de sangue: anemia brava, quadro de transfusão. Mais um dia no hospital, mais ferro na veia.

Cora veio nos ver. Entendeu perfeitamente tudo que estava acontecendo: o nascimento da Celeste. O encontro delas foi uma coisa linda de se ver. Cora amorosissíma com a mana – encheu-lhe de beijos, mimos e abraços. Princesas!

Ah, cabe dizer que Celeste além de fisicamente parecida com a Cora (linda!), é igualmente tranqüila. Mama e dorme, quase não chora. Outra lady. Amorzinho de bebe! Dá trabalho não!

Bom, retomando à história da hospitalização.... Sem atingir o efeito esperado do ferro na veia, foi necessária mais uma transfusão de sangue, recebi outras duas bolsas e enfim: ALTA.
Saímos do hospital às 21h, Vovozão foi nos buscar.

OBA!!! Chegamos em casa! Fomos recebidos pela Cora, Vovó e Tia Dani, que nos preparam um delicioso lanchinho. Coisa boa chegar em casa... estar cercada de pessoas amadas... de cuidados especiais... obrigada por vocês existirem, família amada!

Em casa, sigo recuperando da anemia, que ainda é intensa. Mas melhor que os complementos de ferro e alimentação reforçada, é o amor, carinho e atenção que tenho recebido aqui. Mamãe está sendo MARAVILHOSA! Arlete, Dani, Pai e Alexandre... todos colaborando para que nossa estadia aqui seja super tranqüila e agradável. Muito obrigada! Vocês são ótimos e por isso estou me recuperando ainda mais rápido!

O Louva então... meu amor, meu companheiro, meu alicerce. Cuidadoso, atencioso, carinhoso. Está se desdobrando para cuidar de mim, da Cora e Celeste. E o faz com perfeição. Meu Bem, você é nosso herói! Obrigada por tudo, meu amor! Amo amo amo!

25 de janeiro de 2012

Dia de festa

Se Morena estivesse conosco, hoje seria dia de festa. Bolo e docinhos para comemorar 7 aninhos.

Saudades, meu anjo...

Pai de filhas


A evolução se dá por todos os poros e isso é algo que devemos aproveitar.

Hoje veio um estalo de um assunto que sempre me interessou. Pais têm preferência por filhos? Sempre achei que não, ou não deveriam, porém há pais que declaradamente tem e outros que enrustidamente também tem.

Meu caso, e acredito que o da Carol também, é: 

“Que quanto mais
Você dá e divide
Mais cresce
Parece multiplicar
Quem adivinha o que é
- que é amar!”
Renato Rocha

Eu acredito que cada filho, no meu caso filhas, tem sua demanda e necessidades, por isso os pais devem dosar a atenção nesse sentido, até mesmo porque ao longo da vida, como tudo que é orgânico, vai mudando e se adaptando.

Foi o sentimento que tive ao ver a Cora, quando cheguei em casa trazendo a Celeste e ao longo dos dias que se seguem, que o amor só vai multiplicando.

“façamos, vamos amar.”

22 de janeiro de 2012

Haja CORAção. O nascimento de uma estrela, ou melhor do Céu inteiro. Apresentando Celeste e irmã da Cora.

Era 19 e tudo corria bem, uma ansiedade para a chegada de Celeste que passara da data prevista, porém ainda dentro do limite. Foi aí que ás 13 horas as contrações (braxton-hicks ou falsas), que já vinham dias a fio, começaram a ficar ritmadas e doloridas, desencadeando o trabalho de parto, como deveria ser.
Devido a esse quadro, no meio da tarde ligamos para o hospital Brasília, para reservar o quarto, pois queríamos um que a varanda fosse virado para o jardim, caso não fosse possível, procuraríamos o hospital Santa Lúcia, que é munido de uma boa ala de pediatria.
Seguramente nunca sentiremos, digo pelos homens ou as que infelizmente tem medo e ou são impossibilitadas de passar por um parto natural, as famosas dores do parto, ditas as mais fortes entre as dores. Continuando, por volta das 11 horas da noite as contrações ritmaram a cada 5 minutos o que indica trabalho de parto efetivo e ao nosso ver a melhor hora de avisar o médico e se dirigir ao pronto socorro do hospital escolhido.
Malas no carro, médico avisado e contrações a cada 5 minutos por mais de uma hora, seguimos para mais um parto no Hospital Brasília.
O doutor Petrus Sanches como sempre muito atencioso nos encontrou no pronto socorro, onde já havíamos recebido os atendimentos do plantonista, doutor Mauro. Lá ele organizou a papelada da internação e nos enviou para o nosso quarto.
O trabalho de parto seguia muito bem e dolorido como esperado até as 4 e 20 da manhã, sempre com o acompanhamento do doutor Petrus, que fazia acompanhamento da evolução a cada 25 minutos.
Oba, enfim chegamos nos esperados 9 centímetros de dilatação do colo do útero, a Carol nesse momento já estenuada das contrações resolveu por acatar o rompimento artificial da bolsa, que aceleraria o nascimento da Celeste. Então o doutor apenas com o toque do dedo perfurou a túrgida bolsa, que continha uma grande quantidade de líquido aminiótico.
Pelo fato da quantidade de líquido estar no limite máximo aceitável como normal, no rompimento da bolsa ocorreu um fluxo muito grande de líquido, como o estouro de um balão com água. Devido a esse grande fluxo, o cordão umbilical saiu para o canal vaginal antes da cabeça da Celeste, um quadro extremamente desfavorável, já que se a cabeça se encaixasse no canal estrangulariria o cordão, cortando assim o fluxo sanguíneo para o bebê.
Quando o doutor Petrus constatou esse quadro através de um “toque”, iniciou ali uma grande mobilização para realização de uma cesária de emergêngia, para evitar o tal prolapso, que é exatamente o estrangulamento do cordão.
Cirurgia realizada com grande sucesso, veio então ao mundo nossa linda e terceira filha, a Celeste. Abrindo uma pausa, como ouvi dias desses, isso se assucedeu por eu ser um cara que só faço o que gosto, por isso só fiz mulher.
Como não podia mais permanecer ali, deixei Carol e Celeste no centro cirúrgico e volte para o quarto para descansar um pouco. Acordei após umas 2 horas de sono e fiquei aguardando o retorno das minhas mulheres. Passou 1, 2, 3 horas e nenhuma notícia. Quando resolvi que passava de hora de buscar a tal notícia, que meu mundo quase veio a baixo.
Fui recebido na porta do centro cirúrgico pelo médico de plantão que me passou, não sei por que gostam de omitir fatos, a notícia que ela tinha tido uma intercorrência, mas em breve iria para o quarto.
Passada uma hora recebi de uma enfermeira a notícia que a Carol tinha tido um sangramento excessivo e estava recebendo transfusão. Imediatamente liguei para o doutor Petrus que disse já estar ciente e a caminho do hospital.
Daí para frente um grande pavor toma conta de mim, porém mesmo assim consegui manter a calma, uma vez que a Celeste saiu do centro cirúrgico e foi internada no quarto comigo.
O doutor Petrus quando chegou foi ver o quadro da Carol e logo veio trazer as notícias. O quadro dela era preocupante, pois o sangramento era importante e o útero estava “mole” e havia a possibilidade de sua retirada, caso não contraísse com o medicamento e parasse o sangramento.
Pedi então ao doutor Petrus que me levasse ao centro cirúrgico para ver a Carol e ele assim o fez. Naquele momento o sangramento havia diminuído, porém a urina estava saindo pela sonda com bastante sangue. Por isso a Carol foi levada para fazer uma tomografia para ver se havia ferimento na bexiga ou em algum outro órgão.
Uma surpresa durante o exame, sangue nos rins, fato até agora não explicado, mesmo após ouvir a opinião de alguns outros médicos de diferentes especialidades.
As 18 horas a Carol foi levada do centro cirúrgico direto para UTI, mesmo com um quadro mais estável, foi levada por precaução, já que ali há um monitoramento constante.
Imagino que noite a dela, passar lone da Celeste, já que esta não podia entrar na UTI. No entanto tivemos uma noite super tranqüila a vovó Tê passou a noite conosco. O papai teve um merecido apagão, após horas de tensão de um trabalho de parto mais uma cesária e ainda uma aflição com a situação da querida (e linda, diga-se de passagem) companheira.
Após 21 horas na UTI a Carol foi recebi com muitos sorrisos no quarto, éramos só eu e Celeste, mas os sorrisos eram tão grandes que valiam por centenas. Fizemos um cartaz de boas vindas na tela do computador e tocamos Robertão (eu te darei o céu meu bem) música bem apropriada para a ocasião.
Após a saída uma visita maravilhosa, a Corinha (auto intitulação), veio ver a “telete”, foi um amorzinho, pedindo para a maninha não chorar, dando beijos e carinhos, tudo filmado.
Hoje somos uma família “mais” completa.










Após a tempestade vem sempre a bonança.

17 de janeiro de 2012

Boas lembranças da infância





Hoje fomos ao Parque da Cidade. Pura diversão. Prazer enorme estar com vocês, família! Amo!

16 de janeiro de 2012

Guardando luz

Continuo gestando Celeste. Ontem era a data prevista do parto, quando completamos 40 semanas. Mas Celeste está achando booom ficar guardadinha em mim, sem pressa nenhuma de mostrar seu brilho. Quentinha e colada num coração que pulsa amor... Celeste prefere curtir mais uma lua no ventre da mamãe.

Família e amigos têm ligado e entrado em contato com muita frequencia, pra saber se rebentamos, pelo que agradeço muito a atenção, preocupação e carinho. Porém... confesso que não aguento mais ouvir "essa menina não quer nascer não é?". É muito chato, de forma que estou até evitando as festas de família e amigos.

Esclarecendo a todos: uma gestação a termo (bebê maduro) dura de 37 a 42 semanas. Ou seja, desde 25 de dezembro de 2011 Celeste está protinha para vir ao mundo. Porém, não é nada anormal que a gravidez vá até o dia 29 de janeiro de 2012, sem riscos para mim e Celeste.

Portanto, sem pressão, pessoal. Agradeço a atenção e adianto que está tudo super bem, na santa paz, e no ritmo da Celeste. Ela virá e irradiará quando achar conveniente.

Há quinze dias atrás, eu estava me sentindo um tanto insegura, pesada. Hoje me sinto super disposta e firme, tranquila para parir. Que venham as contrações!


10 de janeiro de 2012

Como é fogo estar no fogo

Após meses de ausência da função escritor, volto para contar o que se passou no tempo decorrido. então vamos lá:

Nesses últimos meses muitas coisas ocorreram na minha vida que influenciaram toda a famíla. Estávamos muito tranquilos em Rio da Conceição, quando nosso amigo Gustavo Juquerí me envia um correio eletrônico dizendo de uma oportunidade de contrato temporário de 5 meses no IBAMA/PREVFOGO em Barreriras-BA, cerca de 260 Km de casa, no cargo de Gerente do Fogo Estadual.

No início pensei que não estaria bem deixar a família para trás, porém ao conversar com a Carol, minha grande amiga, ela me salientou da grande oportunidade de aprendizado que poderia proporcionar, que serviria como forma de estudo para os concursos da área ambiental que poderiam vir e sendo relativamente perto, poderia voltar para casa aos finaiss de semana.

Sendo umaa pessoa muita boa e uma grande companheira disse que a famíla estava disposta a encarar essa barra em prol de uma estrelinha no curriculo e uma grande experiência. Como dito seria uma grande forma de estudar um órgão federal estando dentro dele, mesmo que por apenas 5 meses e digo logo que realemnte foi, mudou muito minha visão do "negócio".

Iniciado em julho, época que o fogo já assolava a o ecossistema baiano. Fiquei responsável por coordenar as brigadas de 3 municípios Barra, Barreiras e São Desidério. O trabalho em sí não foi o muito difícil, mas sim a distância da família o que mais me e nos consumiu.

Me acho um bom pai e um bom marido e por isso senti muito a falta de acomnhar a maior parte da gestação da Celeste, que deve chegar a qualquer instante, mas prometo compensar com muito carinho quendo ela estiver em meus braços.

Combater incêndios florestais é uma atividade muito desgatante, quando feita por pessoas treinadas é bonito de se ver. "Meus" brigadistas eram muito bons e destemidos o que proporcionava um pouco de aflição para mim que estava responsável por eles, porém trabalhavam muito bem, o que me tranquilizava. O treinamento realizado pelos instrutores do PREVFOGO é muito bom e a seleção realmente escolhe os melhores, sem interferências de qualquer parte.


No dia 22 de agosto um grande susto, saíde casa as 4 da manhã para ir para Barreiras como fazia as segundas feira, ao passar por Luis Eduardo, por volta das 6 da mnhã no lusco fusco, um cavalo na pista que ví a uma distância muito desconfortável e agora o que fazer, mas quando vi tinha desviado dele e o carro estava e cabeça para baixo, que susto. quando carro escorria no asfalto com as rodas para cima eu só pensava "para, para, para" e ele parou sem ir para a terra e sem capotar mais vezes, que na verdade nem sei quantas foram.

Como puderam acompanhar nas postagens da Carol esse período foi um pouco penoso com nascimento de dentes, com saudade do papai, troca de secretária do lar, porém estamos firmes e fortes para contar nossa hitória.

Espero esse ano dar mais o ar de minha graça nesse meio escrito, sei que só depende de mim, por isso vou me esforçar.

8 de janeiro de 2012

Onde? Como e por que?

Há mais de mês em Brasília. 
Na espera do brilho da Celeste. 
Que está guardada em mim, me iluminando por inteira, me fazendo mais inteira.

Adaptação difícil essa do interior pra cidade. Muito mais que o contrário. Acostumamos mesmo com o mato, com o simples, com o nosso lar. Superada a adapatação, estamos super confortáveis por aqui.

A família está nos recebendo com imenso amor, atenção e paciência. Sabemos que damos muito trabalho... é esse nosso jeito desleixado de viver estrambelhado! Obrigada por tudo, família!

Na semana que chegamos em Brasília, bem no dia do aniversário do Vovôzão, nasceu mais um dente de Cora. Pré-molar superior direito. Febre, coco mole e muita irritação marcaram mais um processo de dentição. 

Grande orgulho ainda não mencionado, mas há quase dois meses em estágio: é Cora deixando as fraldas. Tivemos uma conversa quando das minhas férias em outubro: "filha, a partir de agora, a mamãe não vai mais colocar fraldas na Nega. Quando a filhinha quiser fazer pipi ou coco, ela vai falar pra mamãe: 'mamãe, quero fazer pipi', ou 'mamãe quero fazer coco' e então nós vamos usar o vaso, ok?" - "tá".

No mesmo dia, ela não fez mais xixi nem coco nas calças, pediu para mim todas as vezes. Fiquei super orgulhosa! E isso se repetiu durante todas as minhas férias. Muito esperta nossa amada. 

Detalhe: o Vovô Célio fez um troninho pra Nega, mas ela se recuusou a usar. Por isso, resolvemos utilizar o redutor de assento no banheiro, o que ela adorou!

Porém... logo as férias acabaram e na minha ausência, apesar de eu ter conversado com ela pra pedir para a Socorro levá-la ao banheiro e ter conversado com a Socorro sobre o processo, ela voltou a usar fraldas. Segundo a Socorro, Cora não dizia para ela que precisava ir ao banheiro. Achei estranho, pois comigo e com o Louva em casa, ela pedia sempre. Senti que essa é era uma missão mamãe e papai, que só seria estabelecida com nossa presença diária, o que está se dando aqui em Brasília.

Chegando em Brasília, resolvemos reintroduzir a ideia de usar o troninho feito pelo Vovô. Dessa vez, ela aceitou numa boa. Melhor ainda, pois como está ao alcance dela, tem vezes que ela vai sozinha pro troniho fazer suas necessidades.

Ainda tem dias que faz xixi na calcinha, seja porque não dá tempo de correr pro troninho ou por outro motivo. Ai, ai... a verdade é que essa garotinha me enche de orgulho a todo momento.

Aqui em Brasília, Cora também passou uns dias muito anti-social, irritada e chorona. Era não pra tudo e todos. Uma verdadeira onçinha! Adaptação e dentição contribuíram. Foram dias difíceis. Ela só queria fiacr comigo, no colo. e eu com todo meu barrigão de fim de gestação, também sofrendo com adaptação... Nuh! Confesso que minha paciência e habilidade de mãe foram colocadas à prova. Daí logo percebi que o incondicionável amor de mãe é a fonte das forças necessárias para driblar esses momentos. Confesso que meu amor cresce a todo momento!

Ainda bem que, superada as dificuldades de adaptação, Cora tem melhorado seu comportamento em casa e em público a cada dia. Está super faceira e enérgica. Apesar da dentição continuar marcando touca... agora são as presas que estão dando sinais de surgir.

Cora demonstra contentamento com a chegada da irmãzinha. Dá beijos, faz carinho e cócegas (essas últimas principalemnte) na barriga. O momento de passar o hidratante na "Teleste", é com ela mesmo! Acaricia a mana com muita alegria. Celeste corresponde às carícias da mana se mexendo no ventre.

Enfim, casa e coração prontos pra receber nossa estrelinha. Momento de muita expectativa. Ontem senti contrações e pensei que já a teria nos meus abraços hoje. Mas ainda não. Está confortável em mim, aproveitando nossa máxima intimidade. E eu, apesar de ansiosa, amando ter luz em mim!

Gestar é o máximo!